POLÍCIA FEDERAL PEDE INCLUSÃO DE RICARDO COUTINHO, EX-GOVERNADOR DA PARAÍBA EM LISTA DA INTERPOL

O pedido pela inclusão do nome do ex-governador foi feito pela Polícia Federal após a uma operação realizada na manhã desta terça-feira, dia 17 de dezembro com o pedido da PF, o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), passa agora a integrar a lista de difusão da Interpol. Coutinho é alvo de um dos 17 mandados de prisão preventiva que foram expedidos dentro da operação Calvário. A operação investiga o desvio de recursos públicos na área de saúde do estado.

A operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira, e visa o combate à organizações criminosas que atuam em desvio de recursos públicos destinados aos serviços de saúde no Estado da Paraíba. A operação foi realizada em conjunto com o o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado GAECO/PB, do Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União – CGU, que apuram desvio de recursos públicos na ordem de R$ 134,2 milhões, dos quais mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.

Mesmo com o pedido feito pela Polícia Federal, até o fechamento desta reportagem o nome do ex-governador ainda não consta na lista da Interpol (entidade internacional). Além de Coutinho, deputados, prefeitos e secretários são alvos da operação.

A operação
De acordo com as investigações, organizações sócias, dentre outras, organizaram uma rede de prestadores de serviços terceirizados e de fornecedores, com a celebração de contratos com sobre-preço na gestão dos Hospitais de Trauma, de Mamanguape/PB e o Metropolitano em Santa Rita/PB. Verificou-se ainda o uso eleitoral dos serviços de saúde, com direcionamento de atendimentos e fraude no concurso de pré-seleção de pessoal do Hospital Metropolitano no ano de 2018.

Após a constatação de que agente político, que ocupou cargo de alto escalão no executivo estadual, encontra-se fora do país, foi solicitada a inclusão do seu nome na difusão vermelha da Interpol. Os investigados irão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes poderão responder pelos crimes previstos de organização criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva e ativa.

Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro – Radar de Notícias/Portal de Prefeitura