Idosa toma injeção nas partes íntimas em corredor do hospital de Traumas na frente dos demais pacientes

A comunitária Eva Ferreira denunciou na imprensa mais onda de descasos durante atendimento no Hospital Traumas em Petrolina na quarta-feira, 08/07. Ela contou que estava acompanhando uma senhora de 70 anos e a mesma precisou de um atendimento médico e passou a tarde toda no hospital e só foi atendida na parte da noite enquanto os funcionários ficavam conversando ou atendendo outras através de ‘arrumadinhos’ cortando fila. “Ficamos das 14h até às 19h no hospital esperando atendimento, não só eu como outras pessoas, a exemplo, de um rapaz que sofreu acidente de moto e duas senhoras de cadeira de rodas”.

pacientes corredores
“O hospital estava cheio e a unidade contava somente com um médico ortopedista para atender toda a demanda, o médico entrou em uma sala de cirurgia às 13h e quem precisava de atendimento teve que esperar, isso é um absurdo, vamos ficar reféns disso sempre, acho que deveria ter mais investimentos nisso. Cadê os nossos políticos? Vereadores? Ministério Público?”, questionou.
Chateada com a situação, Eva diz que os seguranças e funcionários do hospital ao invés de tenta-los solucionar o problema ou amenizar, ficavam batendo papo na recepção. “É um monte de gente que não trabalha, fica dando gargalhadas o tempo todo. E ainda tem as pessoas que são privilegiadas – trabalhadores do SAMU e da prefeitura, que mesmo com a falta de médicos conseguem ter o atendimento”.
 
Ainda assim, ela disse que o hospital não possui estrutura adequada. “Poucas cadeiras e as que têm estão sem encosto. O atendimento é feito coletivamente, todo mundo entra de vez e fica esperando o médico chamar, teve uma senhora que tomou injeção no bumbum na frente de todos”.
Diante disso, ela disse que depois do atendimento ligou para ouvidoria para denunciar. “Liguei para denunciar, mas não obtivemos repostas. No Hospital de Traumas não funciona a lei que determina que os idosos devam ter prioridade e isso é inadmissível”.
Por sua vez, o vereador Major Enfermeiro, disse que a Univasf não está tendo competência para atender o hospital. “As pessoas estão sofrendo com o mau atendimento, em muito das vezes nem são atendidos, é grave a situação.
A Univasf não está tendo competência para manter o hospital, acho que o atendimento deveria voltar para o município, quando o atendimento era feito pela prefeitura os recursos eram bem menores e a situação não ficava desse jeito e agora recebem R$ 4 milhões e a situação piorou”. Quando a prefeitura administrava, o valor era de R$ 2 milhões.
Da redação do BLOG do Emanoel Cordeiro/Fonte:blogpetrolina.com