FAMÍLIA RECEBE CORPO ERRADO EM CAIXÃO PARA VELÓRIO E ACUSA FUNERÁRIA PELO ERRO EM PETROLINA

Uma família do distrito de Rajada em Petrolina (PE) enfrentou no último final de semana dois sofrimentos. O primeiro, em sepultar Márcio Antônio Marçal Alves, de 26 anos que sofreu um acidente ao cair de um cavalo na comunidade, no sábado (8) e acabou falecendo. A aflição só cresceu ainda mais no momento do velório, pois ao abrir o caixão, a família se deparou com o corpo de um desconhecido.

A tia do rapaz, Valdinez Alves contou que Márcio sofreu ferimentos graves no acidente e passou pela AME de Rajada e entre idas e vindas, pelo Hospital Universitário de Petrolina. O jovem teve hemorragia cerebral como a causa do óbito confirmada pelo HU. A partir daí, o corpo de Márcio é levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Petrolina.

A senhora Valdinez alega que no dia do velório e sepultamento a família enfrentou um grande constrangimento, porque após a chegada do corpo trazido pela Funerária Frei Damião, na madrugada do domingo (9), eles perceberam que dentro do caixão havia o cadáver de outro rapaz. “Foi um grande desespero, todos chorando e gritando ‘Não é ele, não é ele’,  quando abriu o caixão era uma pessoa que a gente não faz nem ideia de quem seja. O corpo que veio era de alguém que sofreu acidente, estava todo costurado e tinha tatuagem no braço”.

 

Ainda segundo a família, o motorista da funerária ao perceber o erro, recoloca o caixão no carro e volta para Petrolina para buscar o corpo de Márcio.

O que diz a funerária Frei Damião

Conversamos com a direção da funerária que afirmou que o corpo não foi trocado na empresa. “Na realidade, não foi a funerária que trocou corpo nenhum. Antes quando a funerária ia pegar os corpos no IML a gente era quem pegava colocava o corpo dentro da urna e hoje não temos mais acesso lá dentro. Só chegamos na porta e deixamos a urna com o pessoal do IML  e eles entregam o corpo para gente. No domingo (9) estávamos com oito corpos lá. O IML não pode liberar sem documento de identificação, o qual ele não tinha, só tinha a certidão de nascimento e sem a presença da família para identificar. O que aconteceu foi que chegou lá colocaram  dois corpos e o certo era o médico legista dizer esse é de fulano e esse de cicrano. Meu funcionário errou em não perguntar de quem era o corpo. Não teve constrangimento, a família entendeu que o erro foi do IML e não da empresa”.

Solicitamos esclarecimentos ao IML de Petrolina e estamos aguardando resposta.

Da redação do BLOG RADAR DE NOTÍCIAS – EMANOEL CORDEIRO/VALE COMENTAR