A passagem da governadora Raquel Lyra (PSDB) por Arcoverde, na tarde da última sexta-feira, 29 de agosto, ficou marcada mais pela indignação popular do que pelo conteúdo da audiência do programa “Ouvir para Mudar”, realizada no EREM Senador Vitorino Freire, no bairro São Cristóvão. Centenas de pessoas se reuniram em frente à escola para cobrar respostas sobre problemas graves que afetam diretamente a população.
O protesto mais contundente veio de um grupo de mães, que, carregando cruzes nas mãos, cobraram a governadora pelo descaso no Hospital Regional de Arcoverde, que acumula denúncias de negligência e vive a ameaça de fechamento da UTI neonatal. A cena de dor e revolta escancarou a crise da saúde no Sertão e expôs a distância entre os discursos oficiais e a realidade enfrentada pelas famílias. Cada cruz carregava o nome de uma criança que, segundo os organizadores, faleceu por negligência do Hospital.
Outro grupo que se destacou foi o dos universitários da UPE, que protestaram exigindo transporte, iluminação e condições mínimas de acesso ao campus.
Além disso, os estudantes reivindicaram mais bolsas de estudo para jovens de baixa renda, denunciando a falta de políticas públicas que garantam permanência estudantil.
Cercada por prefeitos da região e pelo prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti, a governadora limitou-se a repetir o discurso de que “herdou um estado cheio de problemas”, narrativa que já não encontra eco em boa parte da população. Para os manifestantes, a desculpa está desgastada: quase três anos de mandato se passaram sem ações concretas que melhorem a vida dos pernambucanos.
DA REDAÇÃO DO BLOG DE NOTÍCIAS – EMANOEL CORDEIRO – DRT 2378 DRT-PE/JORNALISTA REG 6896 MTPS – PE/SIGA O RADAR NO INSTAGRAM https://www.instagram.com/radardenoticiasbr